2.4.12

Do jardineiro para rosa

"Cara amiga Rosa.

Espero que este te encontre bem, rubra, protegida por seus espinhos, cheia de vigor e força para viver.

Com pesar admito que não tenha sido bom guardião. Aliás, diversas vezes caio em tentações e fracassos. Encontro-me em diversas inquietações, que só poderei sanar se estiver comigo mesmo.

Rosa estou com algumas dores no peito, que me deixam fatigado; elas até fazem com que pare de suspirar.
Fora isso, estou em desarranjo com outras atividades. E nessa confusão sei que estou perdida.

Peço licença para que outro jardineiro possa prestar todos os cuidados para com você.
Pois no momento sou eu que preciso de certos cuidados. De certa forma, preciso ser replantada. Em solo bem adubado, regado e nutrido de coisas boas. Espero também que chova o suficiente, pois o sol direto castiga demais, queimando e conseqüentemente ferindo. Creio que também não estou tão mal assim, pois posso enxergar boa parte das coisas de minhas necessidades. Ainda vejo uma luz no fim do túnel.

Você é sabia e muito compreensível. Creio que me entenderá mais uma vez.

Por isso peço licença por um momento. Parto para um reencontro comigo mesmo.

Um grande beijo.
Com amor, jardineiro.

PS: Rogo para que na volta traga em mãos, flores para encantar e perfumar mais ainda o nosso jardim.”


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