11.11.08

11/11

A terapia vai bem, obrigado.
Mas hoje não.
Hoje a recepcionista vai me desculpar, mas eu sei que sou capaz de erguer a cabeça sozinha, depois de tantos acontecimentos, em tão pouco tempo. Afe!
Já a doutora me matará ao saber da existência desse post.

Pronto. Desmarco.
Só não desmarco, essa data.
Sempre será um marco.

Eu sou daquelas pessoas que me apego, ao papelzinho do estacionamento, da primeira vez que saímos para ir ao cinema. Ou guardo o guardanapo do restaurante, aonde o pianista tocou “Minha namorada”, do Vinícius de Moraes, porque eu pedi.
Ele sorriu ao ler o pedido.
E eu lembro do sorriso dele. Do meu. Do dela.

Eu lembro do dia que eu pensei que seria uma loucura. Aliás, eu falei que poderia soar como loucura. Estava apaixonada e eu vi paixão nos olhos dela. E na minha loucura já esperava um sim.

Não, não precisa responder agora!”.
Veio acompanhado com um riso envergonhado, de ter perguntado tal coisa em menos de dois dias. Eu era maluca, eu era apaixonada.

Você não quer que eu te responda agora?!”.
A pergunta foi rebatida com essa resposta e um semblante mais afirmativo que eu já vira.

Eu lembro do local, do carpete bege, do cheio, da rua, do tempo, da intensidade da pulsação do meu coração.

Eu marco.

Tento esquecer de muitas coisas. Tento acertar em outras.
A terapia de hoje não iria fazer muito efeito. Seria como esse post.
A doutora sabe que eu não sou das mais normais – Grazie a Dio!

Eu sei que sou maluca, e ainda sou apaixonada...

1 comentários:

Naty Dezoti disse...

cri...


até o grilo já perdeu as forças.
nem ele sabe reagir a algo tão forte.

Câmbio, desligo!
E desisto.

 
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