10.9.08

Deuses, demônios e minhas gárgulas...

Às vezes parece que acordo pagando penitencia.
Um tremendo sacrifício para levantar da cama. Não, não é sono mais. É falta de coragem pra despertar para a minha realidade.
A gente acha que essas coisas de depressão nunca irão nos afligir. Depressão é pros outros. Mas ecxiste quando você menos espera.

Em posição fetal, eu orei, meditei, clamei, contudo não fui longe e parei por ai. Seria muito implorar... E não espero me deparar assim.
Eu quis muito permanecer assim hoje. Como de volta para a barriga da mamãe. Que por sinal me tem repreendido, de um jeito que nunca sonhei... Aliás, que já havia desejado. Porém não falávamos sobre coisas de coração. Afinal eu sempre serei uma criança.
“Deus me ajuda?” Eu pergunto, vai que ele também não tá afim.
Consegui levar, mas foi duro.
Não bastando levantar praticamente com o almoço na mesa, corro atrás do tempo perdido. E lá vai mais um dia.

Chega a noite. Descansar?
Essa parece ser mais uma noite aonde meu organismo custa a desacelerar.
Nessa hora que meus demônios me remoem. Trucidam-me assim que prego os olhos, com imagens de doces lembranças, que por hora ainda apertam meu coração. Eles esfregam na minha cara e arrepiam minha pele com vozes que sussurram e de repente ficam todas distorcidas e se confundem com o som da televisão. É assim que eles zombam de mim.
Nada de espíritos zombeteiros do Chaves, pra descontrair. Ai se sessê.

Espero que quando meus olhos começarem a se fechar e a televisão, desligar sozinha, depois de reprogramá-la pela 4ª ou 5ª, as gárgulas não apareçam novamente.
Antes de qualquer coisa, não moro num castelo, da Transilvânia, ou coisa parecida. Mas nessa noite sonhei novamente com esses seres que só são “bonitinhos” no desenho do Corcunda de Notre Dame.
De puro concreto, 3 ou 4 desses seres se desprendiam de um prédio e passavam rasante sobre minha cabeça. Eu abaixava e corria desesperadamente, chorando e sem fôlego – males do cigarro podem ser apontados nesse sonho. Eles me machucaram e só saia sangue das minhas mãos e do meu peito. Não lembro demais nada, mas me assustei.
Desejo apenas que essas gárgulas continuem petrificadas na vida e nos meus sonhos.

1 comentários:

Naty Dezoti disse...

Eu gosto mais das gárgulas do sonho anterior. Pelo menos, elas eram cisnes antes.
Me preocupo. E te seguro, caso sinta que vai cair.
Te dou as duas mãos pra te ajudar a levantar da cama.
E tô aqui.
Beijo.

(ah, eu gosto da tua mãe!)

 
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